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A igreja Assembleia de Deus chegou a Pernambuco, em 1918, através dos missionários suecos Joel Frans Adolph Carlson e Signe Charlota Carlson, que antes de vir para o nosso Estado, passaram um período de tempo em Belém do Pará para aperfeiçoar a língua portuguesa. Em 1910, os jovens missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg foram enviados por Deus ao Brasil depois de passarem um tempo nos Estados Unidos. Foi em solo americano onde se irradiou o fogo pentecostal citado em Atos dos Apóstolos, capítulo 2, e que se propagaria pelo mundo até nos alcançar nos dias atuais, uma promessa do Senhor quando afirmou aos seus Discípulos, dizendo: “ Mas, recebereis poder, quando o Espírito Santo descer sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda Judéia e Samaria, e até os confins da Terra”. Atos dos Apóstolos, capítulo 1, verso 8.

Daniel Berg e Gunnar Vingren chegaram a Belém no dia 19 novembro de 1910. Até então, eles faziam parte da Igreja Batista da América. O pastor metodista Justus Nelson os acompanhou à Igreja Batista em Belém, e os apresentou ao responsável pelo trabalho, pastor Raimundo Nobre. E, assim, os missionários passaram a morar nas dependências da igreja.

Os jovens missionários tinham o coração avivado pelo Espírito Santo, e oravam sem cessar, de dia e de noite. Esse fato chamou a atenção de alguns membros da igreja, que passaram a censurá-los, considerando-os como fanáticos por dedicarem tanto tempo à oração. Mas isso não os abalou. Com desenvoltura e eloquência, continuaram a pregar a salvação em Cristo Jesus e o batismo com o Espírito Santo, sempre alicerçados nas Escrituras.

Como resultado das orações, alguns membros daquela Igreja Batista creram nas verdades do Evangelho completo que os missionários anunciavam. Os primeiros a declararem publicamente sua crença nas promessas divinas foram as irmãs Maria Nazaré e Celina Albuquerque. Elas não somente creram, mas resolveram permanecer em oração até que Deus as batizasse com o Espírito Santo, conforme o que está registrado em Atos 2.39.

Irmã Celina foi batizada à um hora da manhã do dia 2 de junho de 1911. Após o batismo dessa irmã, começaria uma luta acirrada contra uma verdade doutrinária tão bem documentada nas Sagradas Escrituras: a atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais.
Na Igreja Batista, algumas pessoas creram no fogo pentecostal, outras, porém, não se dispuseram a compreender a doutrina do Espírito Santo. Alguns crentes, aferrados a um tradicionalismo sem qualquer base bíblica, ameaçavam exaltadamente punir, castigar ou desprezar os partidários da doutrina que tanto caracterizara a Igreja Primitiva e os grandes avivamentos que se sucederam.

Dessa forma, os crentes do Movimento Pentecostal foram segregados da Igreja Batista junto com os irmãos Daniel Berg e Gunnar Vingren. Os missionários, então, fundaram uma nova igreja e adotaram inicialmente o nome dela de Missão de Fé Apostólica, mais tarde chamada de Assembleia de Deus, que causaria admiração e espanto ao mundo inteiro pela eficácia do seu crescimento.

Em tudo isso se pôde notar a mão de Deus operando através de homens e mulheres humildes. Como se vê, esta obra não pertence a homem algum, mas a Deus somente. A nova igreja estava livre para evangelizar, anunciando ousadamente a salvação, a cura divina, o batismo com o Espírito Santo e a volta de Jesus Cristo para buscar a Sua igreja. Em resposta às orações dos irmãos, o Senhor operava muitos sinais e maravilhas.

Os acontecimentos que culminaram com a fundação da Assembleia de Deus repercutiram profundamente entre as várias denominações evangélicas. Mas o que sacudiu fortemente os chamados crentes históricos foram a atividade e o zelo dos membros da recém-formada igreja. Aliás, não foi exatamente isso que aconteceu nos dias da Igreja Primitiva? Judeus de todos os matizes se uniram para combater o Cristianismo, mas nada puderam fazer, pois era o Reino de Deus que estava em ação!

Em 1911, a história se repetiu em Belém. Alguns ingênuos dispuseram-se a combater o Movimento Pentecostal em seu nascedouro. Para alcançarem esse intento, não escolhiam os meios: calúnias, intriga, delação, e até agressão física, tudo era válido. Tudo era usado contra a igreja que acabava de iniciar suas atividades. Chegaram, inclusive, a levar aos jornais a denúncia de que os pentecostais eram uma seita perigosa, tendo como prática o exorcismo. Enfim, alarmaram a população.
Vendo que a calúnia não surtira efeito, o adversário resolveu usar outra arma: a violência. De repente, as casas onde os irmãos se reuniram passaram a ser apedrejadas, e estes, embora não molestassem a ninguém e fossem cidadãos exemplares, começaram a ser gratuitamente insultados. Mas nada conseguia deter o ímpeto do Movimento Pentecostal.

Para convencer corações tão incrédulos e confirmar a obra em um meio tão hostil, o Senhor começou a manifestar o seu poder perante os olhares atônitos dos descrentes. Cerca noite, em um culto realizado na Vila Coroa, apareceu um endemoninhado que se retorcia com tanta violência que ninguém o podia conter.
Os descrentes que lá estavam tentaram imobilizá-lo, porém não conseguiram. Em dado momento, a irmã Josina Galvão começou a profetizar e, cheia de poder, dirigiu-se para onde estava o endemoninhado. Apontando o dedo na direção do possesso, ela ordenou em nome de Jesus que o demônio se retirasse.

Para a admiração geral, o homem ficou de cócoras, imobilizado, completamente dominado pelo poder de Deus! Todos viram algo que, como um raio, saiu pela janela e desapareceu. Os incrédulos, que a tudo assistiam, reconheceram que, de fato, Deus estava no meio daquele povo. Algum tempo depois, um caso idêntico aconteceu na Vila Guarani. Um endemoninhado, ou melhor, o demônio que ameaçavam a tudo e a todos, foi expulso, em nome de Jesus, ante os olhares dos que estavam ali. Deus confirmava, dessa maneira, suas promessas no que diz respeito aos sinais que seguem aos que creem.

No dia 25 de outubro de 1914, isto é, no ano em que teve início a Primeira Guerra Mundial, chegava a Belém o terceiro missionário de fé pentecostal: Otto Nelson e Adina, sua esposa. Eles representavam, sem dúvida, um grande esforço para o trabalho, pois nessa época o número de obreiros era insignificante. O irmão ficou apenas três meses em Belém, viajando em seguida para a cidade de Bragança, no interior paraense, onde ministrou até agosto de 1915.

Em 1916, os efeitos da guerra, sentidos larga e dolorosamente na Europa, começavam a se refletir de maneira sensível no Brasil. A obra de Deus, porém, não sofreria qualquer interrupção ou recuo, pois Deus estava agindo e cuidando do seu povo. Em 18 de agosto deste mesmo ano, chegava a Belém, procedente da Suécia, via América do Norte, mais um casal de missionários: Samuel e Lina Nyströn.

A chegada do casal Nyströn foi para a igreja como a chuva em tempo de verão. Eles chegavam no tempo oportuno, pois o desenvolvimento do trabalho exigia os esforços de muitos obreiros dedicados. Mas Samuel Nyströn não passou muito tempo em Belém; no ano seguinte, já estava em Manaus. Ele marcaria, assim, o pioneirismo no Estado do Amazonas.

Em novembro de 1917, foi publicado o primeiro jornal da Assembleia de Deus no Brasil: A Voz da Verdade. Dirigido pelo pastor Almeida Sobrinho e João Trigueiro, esta foi a primeira matéria do periódico: “Jesus é quem batiza com o Espírito Santo e com fogo”. A Voz da Verdade publicava as notícias do trabalho no interior, endereços e horários de cultos, notas sociais e outras matérias.

Foi assim que a obra de Deus se desenvolveu em Belém antes de chegar ao território pernambucano. O trabalhar do Senhor foi intenso, alcançando a muitas pessoas com o fogo pentecostal e a mensagem do Evangelho pleno.

Como ocorreu em tantos outros lugares do Brasil, Pernambuco também recebeu as primeiras chamas do Movimento Pentecostal graças ao espírito evangelizador e o pioneirismo que caracterizavam o trabalho da igreja em Belém do Pará.

Fonte: Jeniel



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